notícias sobre mulheres assassinadas por seus pares, que não aceitaram que elas lhes dissessem NÃO, assassinadas por seus pares convictos de que elas eram propriedades suas, assassinadas por covardes doentes, mentirosos e dissimulados que matam e dizem: não, eu não matei!
Mas, pasmem! não é só o cidadão que mata mulheres! o Estado também mata, condena-as a morte.
No Irã, Sakineh Ashtiani foi condenada à morte por adultério; na China, Aung Sun Suu Kyi viveu em prisão domiciliar mais de 15 anos na Birmânia - atual Mianmar , e viu morrer um filho sem poder dar-lhe o último abraço e o que está vivo fazia mais de 15 anos que não se viam pessoalmente,tendo vencido a eleição de 1990 sem ter o direito de tomar posse, pois os militares estão no poder, em golpe de Estado. Asia Bibi recebeu sentença de morte por enforcamento dia 15 de novembro de 2010, no Paquistão, pela lei de blasfêmia.No Brasil, na e´poca de Getúlio Vargas, ele mandou entregar Olga Benário à SS nazista, a Hitler, e ela morreu num campo de concentração.
Na década de 60 do século passado as irmãs MIRABAL, Pátria, Minerva e Maria Teresa foram mortas a pauladas a mando do ditador de seu país, República dominicana, que matou mais de 30 mil pessoas durante seu governo.
Em novembro de 1960, Patria, Minerva e María Teresa, com respectivamente 36, 34 e 25 anos, foram encontradas mortas perto dos destroços de seu jipe, no fundo de um precipício na costa da República Dominicana. El Caribe, jornal oficial, dá o laudo de acidente, não menciona a existência de uma quarta irmã, tampouco informa que as moças estavam entre as maiores opositoras da ditadura. Não era preciso. Todo mundo conhecia As borboletas (Las mariposas), fundadoras do Movimento 14 de junho. O crime provocou uma insurreição política, culminando com a morte do general, em 1961.
Em homenagem às irmãs Mirabal comemora-se no dia de sua morte, dia 25 de novembro, o DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER. Essa homenagem estende-se a todas nós que já sofremos violência doméstica, que já vimos nossos filhos chorando, apavorados, trancados no quarto, embaixo da cama, correndo desesperados para a porta da rua para chamar a polícia... esta homenagem estende-se a cada mulher que já teve seu olho arroxeado por um soco, seu braço quebrado, seus móveis quebrados, sua casa quebrada, sua alma quebrada pela violência e pelo terror de conviver com pessoas que aprenderam a escravizar outras, apropriando-se delas como coisas, objetos.Olga lutou contra a ditadura de Getúlio. Suu Kyi luta pela democracia em seu país. Sakineh, Asia, Maria, Joana e Patrícia lutam pelos direitos das mulheres dia a dia, em seus lares, pela liberdade das mulheres como pessoas humanas. Minerva Mirabal morreu pela justiça e tantas e tantas de nós assim temos vivido e morrido:
PELA DEMOCRACIA,
PELA JUSTIÇA,
PELA LIBERDADE
Frida Kallo - As feridas de Frida
http://portadovento.blogspot.com/2007/05/as-feridas-de-frida.html
P.S.
Sobre as Irmãs Mirabal tem o filme e o livro: NO TEMPO DAS BORBOLETAS. Livro de JÚLIA ALVARES e filme do Diretor: Mariano Barroso
Elenco: Salma Hayek, Marc Anthony, Edward James Olmos, Mía Maestro, Demián Bichir, Pilar Padilla, Lumi Cavazos, Pedro Armendariz Marquez, Ana Martín, Fernando Becerril.
Sobre Aung Sun Suu Kyi - MUITO ALÉM DE RANGUN - DIRETOR - JOHN BOORMAN
Sobre apedrejamento e situação da mulher e meninas no oriente Médio tem o filme: OSAMA - Diretor :Siddiq Barmak
