domingo, 27 de maio de 2012

GERAMOS A VIDA E QUEREMOS APROVEITÁ-LA TAMBÉM!

Marcha das Vadias  

Marcha das vadias em 14 cidades brasileiras no OLHAR  de PABLO CAPILÉ
 fotos belíssimas de PABLO CAPILÉ, com comentários de Diacui Pataxó

essa é todo movimento, toda liberdade, toda busca de ser sujeito da própria história.

livres e misteriosas, assumidas mas escondidas, quebrando tabus e preconceitos, marcham as mulheres de meu país ao encontro de sua própria assinatura.


Prestemos homenagem a todas as mães solteiras, a todas as empregadas domésticas, a todas as prostitutas, às lavadeiras, às faxineiras, às garis, às professoras, às médicas, às advogadas, Promotoras, Juízas... pois a violência doméstica, a violência contra a mulherr ela não tem classe social nem nível de escolaridade.  Que todas se sintam uma nessa luta.







Até grávidas estavam lá, seminuas, celebrando a vida e a liberdade com esta palavra agora desmistificada, com esta palavra agora tornada aliada e abraçada por todas nós, para que se aprenda que nenhuma palavra deve ser usada para desmerecer uma mulher, nenhuma mulher.
VADIAS







Essa é A que mais me fala, a que mais me teletransporta ao mundo dos significados, a que mais me serve de pedra para arremessar na cara de muita gente e quebrar a cabeça de alguns.  Vivemos centenas  de  anos    sob a égide dos padrões ditados pelo Mercado, dos valores ditados pelo Mercado, até o formato do amor é ele quem dita, e é tão sutil e o mesmo tempo tão voraz que quase não nos apercebemos de sua presença venenosa em nossas vidas, em nossas escolhas , em nossas ações.








Eu vomito o machismo de meus ancestrais ao mesmo tempo em que amo essa irreverência, essa ousadia, essa afronta é tudo de bom que minh'alma anseia e deseja.

Só existe essa verdade: NÃO ACEITAR VIVER SOB TODA EStA MENTIRA, sob esse falso moralismo, esse pseudo pudor nefasto e fétido que a moral burguesa excreta em suas leis , em seu ordenamento jurídico.

Há que se dar um basta nesse abuso sexual, eu transo com quem quiser, se quiser.  Não me obrigue a mais nada, muito menos me desobrigue.  Eu decido sobre meu corpo, minha roupa, meus horários.eu decido sobre minha vida, eu administro minha vida.  A terra girou muito, Galácticas, Pré-Históricas, Pan-Universais....GERAMOS A VIDA E QUEREMOS APROVEITÁ-LA TAMBÉM!




Violência em manifestação gay na Rússia.


Manifestação a favor dos homossexuais em Moscou  acabou em confusão.  Grupos de oposição entraram em confronto com ativistas gays.  Dezenas de pessoas foram detidas.
Gays e simpatizantes tentavam fazer um ato público  “não autorizado” diante do Parlamento.   Queriam protestar contra proibição de todo tipo de propaganda homossexual em grandes cidades da Rússia.  Grupos ortodoxos, contrários aos movimentos em defesa dos direitos dos homossexuais reagiram,  manifestando-se e agredindo-os.

A homossexualidade foi considerada crime no país até 1993 e doença mental até 1999.  Desde 2006 a tentativa de celebrar o dia do orgulho gay 

domingo, 20 de maio de 2012

MULHERES DE FIBRA 6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologiaMELANIE KLEIN Mãe da psicologia infantil


KLEIN/Phyllis Grosskurth/Instituto Welcom{txtalt}
MELANIE KLEINMãe da psicologia infantil
Muito da compreensão que temos hoje sobre o comportamento dos nossos filhos se deve ao gênio da britânica (nascida na Áustria) Melanie Klein, que jogou luzes sobre a psicologia infantil e desenvolveu, pela primeira vez na história da psicanálise, um método para analisar crianças. Baseado em jogos e brinquedos, ele é amplamente utilizado por terapeutas do mundo todo.
Combativa, Melanie (1882/1960) confrontou princípios freudianos ao ressaltar a importância do primeiro ano de vida da criança e os sentimentos agressivos do bebê em relação à mãe. Com isso, entrou em choque com Anna Freud, defensora ferrenha das idéias do pai e que, como ele, buscara refúgio dos nazistas, em 1938, na Inglaterra - para onde Melanie também se mudara, em 1926, já divorciada. Ameaçada de expulsão da Sociedade Psicanalítica Britânica, o que acabou não se concretizando, ela viu a própria filha, Melita Schmideberg, igualmente psicanalista, voltar-se contra ela - situação que perduraria até o fim da sua vida. Outra grande perda marcaria a trajetória dessa revolucionária: a do filho mais velho, Hans, que morreu aos 27 anos numa escalada nos Alpes. Numa demonstração do ódio que tinha pela mãe, Melita acusou-a de ter levado o jovem ao suicídio. 

6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologiaCARMEN DA SILVA Colunista de respeito

{txtalt}Nelson Di Rago/Dedoc{txtalt}
Carmen da Silva
CARMEN DA SILVA
Colunista de respeito
Escreve aí: o feminismo brasileiro tem duas vertentes, a acadêmica e a popular. A acadêmica deve ser creditada a Eva Blay. E a popular a Carmen da Silva." Foi assim que a escritora Rose Marie Muraro resumiu, para a revista ÉPOCA, o papel histórico de Carmen da Silva, colunista da revista CLAUDIA por 22 anos consecutivos, de 1963 a 1985. Gaúcha de Rio Grande (1919/1985), psicóloga, ela enviou uma carta à redação, depois de voltar do Uruguai e da Argentina, onde morou por 20 anos: nela, afirmava que as mulheres estavam explodindo de angústia e que por isso desejava escrever sobre as inquietações que provocavam esse e outros sentimentos. Ganhou a página A ARTE DE SER MULHER e se tornou a jornalista mais influente da imprensa feminina, abordando temas tabus, como divórcio, anticoncepcionais, dupla jornada de trabalho e igualdade de direitos entre os sexos.
Na autobiografia HISTÓRIAS HÍBRIDAS DE UMA SENHORA DE RESPEITO, Carmen descreve a reação das leitoras: "Meus artigos caíram como ufos incandescentes no marasmo em que dormitava a mulher brasileira. Comecei a receber uma avalanche de cartas de todos os tons: apelos, xingamentos, pedidos de clemência, deixe-nos em paz, preferimos não saber!" Logo, porém, conquistou (e manteve por duas décadas) milhares de leitoras, contribuindo de forma crucial para a revolução dos costumes no Brasil.6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologiahttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_272637.shtml?func=2

6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologiaBERTHA LUTZ Uma brasileira pelo voto

{txtalt}{txtalt}http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_272637.shtml?func=2
Bertha Lutz
BERTHA LUTZ
Uma brasileira pelo voto

Para lutar pelo nosso direito de votar, ela organizou até um vôo num aeroplano, de onde lançou folhetos sobre o Congresso Nacional, o Palácio do Catete, sede do governo federal no Rio de Janeiro, e os jornais da cidade. Era maio de 1928 e Bertha Lutz (1894/1976) já estava de volta ao Brasil havia dez anos, depois de se formar em ciências naturais na Sorbonne, em Paris, onde se entusiasmara com as reivindicações feministas, sobretudo com os direitos políticos. Bem-nascida - era filha do cientista Adolpho Lutz - e bem relacionada, Bertha tanto fez com suas colegas da Federação Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF) que conseguiu dobrar os poderosos: em 1932, Getúlio Vargas instituiu o voto feminino.
Naturalista do Museu Nacional do Rio de Janeiro e presidente da FBPF até 1972, Bertha também teve atuação internacional, batalhando com as sufragistas nos Estados Unidos e em países latino-americanos. Mais: deu sugestões ao anteprojeto da Constituição de 1934, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, em 1936, representou o Brasil na Conferência Internacional do Trabalho, na Filadélfia, em 1944, e integrou a delegação brasileira à Conferência Mundial da Mulher, no México, em 1975. Morreu um ano depois, solteira, em uma casa de repouso.

6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologia


BETTY FRIEDAN  http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_272637.shtml?func=2
A dona-de-casa que virou a mesa
Os machistas fizeram de tudo para desacreditá-la, associando seu nome e sua feiúra - que ela afirmava ser "uma praga" em sua vida - a um bando de mal-amadas. Como poucos, Betty Friedan foi vítima de piadas de mau gosto. Mas essa americana (1921/2006) deu a volta por cima e entrou para a história como ícone da luta feminina.
Tudo começou quando ela escreveu A MÍSTICA FEMININA, em 1963, que se tornou o estopim da chamada "segunda onda" do movimento de emancipação, o Women's Lib. No livro, a psicóloga Betty, então dona-de-casa, expunha a insatisfação de mulheres como ela, impedidas de atingir todo seu potencial. Entre outras coisas, brigava pelo nosso direito de ter uma profissão e pela divisão de tarefas domésticas, conquistas hoje tão consolidadas que parecem ter caído dos céus. Pelo contrário, custaram caro até para Betty: com a repercussão do livro, passou a apanhar do marido, como contou na autobiografia LIFE SO FAR. Convencida de que estaria protegendo o movimento, ela se calou, até que em 1969 pediu o divórcio. Nos anos 70, descontente com o radicalismo da Organização Nacional de Mulheres, que ajudara a fundar, deixou o grupo. Mas seguiu lutando até o fim da vida por causas femininas e humanitárias.

MULHERES DE FIBRA 6 revolucionárias Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologia


COCO CHANEL  http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_272637.shtml?func=2
Incendiária da moda
Ela nos livrou do espartilho, das roupas apertadas e dos chapéus incômodos que mais pareciam grandes fruteiras - "Como pode um cérebro funcionar debaixo dessas coisas?", perguntou - e nos deu de presente o conforto e o luxo contido. As peças molengas de jérsei, a bolsa a tiracolo, o suéter folgado, o cardigã, o tailleur e o pretinho básico são algumas das inúmeras invenções da francesa Gabrielle Bonheur Chanel - ou simplesmente Coco Chanel (1883/1971).
Sua história é conhecida: a garota rebelde do interior da França, educada desde os 12 anos num orfanato, criava, totalmente na contramão da moda de então, peças inspiradas no guarda-roupa masculide no. Financiada por um amante rico, Étienne Balsan, mudou-se para Paris, onde montou em 1909 uma butique de chapéus. Pouco depois, ela abriu um ateliê de costura, desta vez com a ajuda financeira de outro namorado, Arthur Capel. Seguiu-se um sucesso estrondoso (antes mesmo do lançamento do perfume Chanel no 5, em 1923), só interrompido pela Segunda Guerra Mundial. O romance que Mademoiselle, como era chamada, protagonizou então com um oficial do Exército alemão lhe valeu duras críticas quando fez sua rentrée no mundo da moda, em 1954. Determinada, Chanel superou o mau momento, continuou a criar e brilhou até morrer, aos 88 anos, no hotel Ritz, onde morava. Teve diversos parceiros, mas nunca se casou
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_272637.shtml?func=2


6 revolucionárias

Quem somos hoje devemos a estas mulheres, que, no século 20, lutaram pelo que acreditavam em campos tão distintos quanto política, moda e psicologia




{txtalt}
Simone de Beauvoir
SIMONE DE BEAUVOIR
Inventora do feminismo
Uma foto de Simone de Beauvoir nua, de costas, na capa da revista. Foi assim que a LE NOUVEL OBSERVATEUR comemorou o centenário do nascimento da papisa do feminismo, em 9 de janeiro deste ano. Provocação? Choveram cartas de feministas iradas dizendo que sim e questionando os editores por nunca terem estampado o bumbum do filósofo Jean Paul Sartre, o homem da vida de Simone. Para a revista, a imagem traduzia o espírito libertário da escritora francesa (1908/1986). Difícil discordar. Mesmo porque o livro O SEGUNDO SEXO, de Simone, também foi vis to como um atentado ao pudor na época do lançamento, em 1949. Só nos anos 60, as mulheres viram a real importância da obra, que criou as bases do feminismo e é tida como uma das 100 mais importantes do século 20. Está tudo ali: a forma como as tradições políticas e sociais, para justificar o patriarcado e a opressão masculina, criaram a tese da inferiorização da mulher; os programas para a liberação feminina; o questionamento da instituição do casamento.
Com o livro em punho, as mulheres mudaram o mundo. Além disso, a própria vida de Simone, que representava a quintessência da liberdade, inspirou milhões de jovens. Ela viveu uma das maiores histórias de amor de todos os tempos com Sartre, sem nunca morar com ele, e manteve amantes. Entre os dois, valia o pacto de que o amor masculino deles "absoluto" e os outros "contingentes" - o que fazia muita gente sonhar com a conquista de igual coragem. Hoje, dois anos depois do lançamento do livro TÊTE-À-TÊTE, da inglesa Hazel Rowley, nós sabemos que a história não era bem como Simone contava: a defensora da verdade omitiu o fato de que Sartre não a desejava mais sexualmente quando ainda estavam na casa dos 30 anos, não revelou os próprios casos com mulheres nem que seu amado seduzia as alunas. Muitas leitoras se sentiram traídas, com razão. Mas o fato de Simone ter se omitido não é motivo para crucificação. Como disse a psicanalista Julia Kristeva, sem O SEGUNDO SEXO não existiria nem aborto, nem paridade, nem mulheres ministras e presidentes".

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SER MULHER

"Ser mulher é ser a Outra, o Objeto, a "Genitrix", a matrona, a esposa, a Mãe misteriosa, a Outra, sempre a Outra, exaltada como objeto do homem?  Será o seu ser definível como o apoio dos mitos e das proteções da psiquê masculina?  Seu papel ontológico e fundador será a aceitação, a introversão: o regaço, o seio nutriz, os braços protetores, a Maternidade assimilada à Terra, a Fecundidade, a germinação, a obscuridade uterina?  A mulher será essencialmente a que consola, que nutre, que embala, que protege, a que é presença, intimidade, refúgio?  É o eterno feminino fora do qual não existe salvação para o homem?  Que representa para ela, mulher, esse "mistério feminino"?  É logro, mitologia, alienação, projeção no irreal?  Isso tem um valor para ela, em quem se recolhe esse mistério?  Outra para o homem, é ela Outra também para ela mesma?  É portadora de dons que ela ignora?  É símbolo, imagem, arquétipo?  É dom e fonte?   Que sentido se anuncia nela?  Qual o seu papel entre os seres humanos?  Será ela consolação e doçura?"

                     Ivonne Pellé-Douël

domingo, 6 de maio de 2012

A MULHER

vivemos numa sociedade hipócrita, onde impera não o respeito mútuo, mas os interesses particulares; onde imperam a competição desumana criada pelo capitalismo e outros sistemas econômicos, onde as pessoas deixam de ser companheiras para serem concorrentes, disputam umas com as outras um privilégio qualquer, não importa o quanto cedem dos interesses coletivos em função de suas próprias ambições ocultas ou expostas, não importa, pois o que vale é a bajulação, a venalidade.  Todos induzidos a alimentar um sistema opressor, a fazer parte dele e defendê-lo, inclusive.
As mulheres sofrem aí grave desconforto e desvantagem pois nesse sistema patriarcal camuflado de moderno e contemporâneo, nesse sistema falocêntrico dominador gemem e morrem mulheres no mundo inteiro, de qualquer religião, de qualquer classe social, de qualquer idade, todos os dias, a cada minuto, vítimas da violência doméstica e da violência contra as mulheres.  Violência psicológica, agredida, amargurada, refém de seus filhos e de sua situação de dependência econômica; violência patrimonial, vendo tudo que construiu e constrói é destruído pelo companheiro; violência física, muitas vezes agredida e machucada; violência moral, com calúnias, injúrias, difamação.
Mulheres sofrem desde criança, desde meninas.  Tem lugares em que as meninas já nascem sendo mutiladas.  Tem nação que mata suas mulheres a pedradas como pena de morte.  Existem povos onde elas estão obrigadas a usar burca ou véu.  Vivemos numa sociedade em que está liberado toda sorte de indumentária, mas as mulheres não conseguem andar em segurança e liberdade, são incomodadas , muitas vezes, por causa do que vestem.
Nós não temos que disputar nada nesse mundo criado pelos homens.  Nós queremos outro mundo, outra sociedade, menos amarras, menos prisões e grilhões, mais liberdade, mais desprendimento, mais amor, mais solidariedade.
Simone de Beauvoir diz o seguinte:

As mulheres — salvo em certos congressos que permanecem manifestaçõesabstratas — não dizem "nós". Os homens dizem "asmulheres" e elas usam essas palavras para se designarem asi mesmas: mas não se põem autenticamente como Sujeito. Osproletários fizeram a revolução na Rússia, os negros no Haiti,os indo-chineses bateram-se na Indo-China: a ação das mulheresnunca passou de uma agitação simbólica; só ganharam o queos homens concordaram em lhes conceder; elas nada tomaram;elas receberam (Cf. Segunda Parte, § 5). Isso porque não têmos meios concretos de se reunir em uma unidade que se afirmariaem se opondo. Não têm passado, não têm história, nem religiãoprópria; não têm, como os proletários, uma solidariedade detrabalho e interesses; não há sequer entre elas essa promiscuidadeespacial que faz dos negros dos E.U.A., dos judeus dos guetos,dos operários de Saint-Denis ou das fábricas Renault uma comunidade.Vivem dispersas entre os homens, ligadas pelo habitat,pelo trabalho, pelos interesses econômicos, pela condição sociala certos homens — pai ou marido — mais estreitamente doque as outras mulheres. Burguesas, são solidárias dos burguesese não das mulheres proletárias; brancas, dos homens brancos enão das mulheres pretas. O proletariado poderia propor-se otrucidamento da classe dirigente; um judeu, um negro fanáticopoderiam sonhar com possuir o segredo da bomba atômica econstituir uma humanidade inteiramente judaica ou inteiramentenegra: mas mesmo em sonho a mulher não pode exterminar oshomens. O laço que a une a seus opressores não é comparávela nenhum outro. A divisão dos sexos é, com efeito, um dadobiológico e não um momento da história humana.
(O segundo sexo, fatos e mitos. Difusao Européia do livro).

A violência contra a mulher é uma das formas mais cruéis de atentado aos direitos humanos